A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) ofereceu, no passado dia 02 de Novembro, um total de 21 computadores a escolas e serviços do Estado da província e Cabo Delgado, no norte do País.
Deste universo, seis computadores foram oferecidos à Escola Secundária de Kuphé, no distrito de Chiúre, seis à Escola Secundária de Balama, outros três destinaram-se à administração do distrito de Macomia e igual número aos distritos de Muidumbe e Quissanga. Ao todo, a ENH desembolsou cerca de dois milhões de meticais para a materialização desta acção.
A cerimónia de entrega dos computadores teve lugar na Secundária de Kuphé, e foi testemunhada pelos administradores dos cinco distritos bem, representantes de Legal Ideas Forum, como pelos dirigentes das escolas beneficiarias. O Presidente do Conselho de Administração (PCA), Estêvão Pale, encabeçou a delegação da ENH que incluia os administradores dos pelouros Comercial e de Novos Negócios, Pascoal Mocumbi, e da Engenharia e Desenvolvimento de Projectos, Abdul Náfio, além do Delegado da empresa em Cabo Delgado Juma Momade.
Falando na ocasião, o PCA da ENH disse que o apoio da empresa visa contribuir para a restituição socioeconómica das populações de Cabo Delgado, face aos ataques terroristas que assolam a província e que já devastaram a vida de centenas de famílias, além de provocar milhares de deslocados. “É uma situação que impacta profundamente a todos nós e que exige um esforço colectivo e massivo para a recomposição das populações afectadas”, disse Pale, reconhecendo que é visível o esforço de diversas instituições na mitigação das consequências dos ataques terroristas na província.
De referir que, no âmbito das suas acções de responsabilidade social, a ENH também já apoiou a província de Cabo Delgado em produtos alimentares, material informático e mobiliário bem como com a atribuição de kits escolares constituídos por cadernos, esferográficas, borrachas, lápis de carvão, lápis de cor, réguas, afiadores entre outros.
Estes materiais foram oferecidos a crianças deslocadas que se encontram nos centros de reassentamento e de acolhimento. “Estes equipamentos e materiais representam uma pequena percentagem das necessidades das escolas secundárias, assim como dos distritos da província de Cabo Delgado”, disse Estêvão Pale, acrescentando, no entanto, que “aceitem a nossa oferta como um gesto de solidariedade, na esperança de que esses materiais contribuam para darmos um passo, por mais ínfimo que seja para frente”.
Durante o seu discurso, o PCA falou do impacto das acções terroristas nos projectos de Gás Natural Liquefeito (LNG) da Bacia do Rovuma, com destaque para o Mozambique LNG, cujas obras de construção foram interrompidas, após os ataques de Palma, no passado dia 24 de Março.
“Trata-se de acções que deitam por terra o sonho de todos os moçambicanos: erguer o nosso país com os nossos recursos humanos e naturais, como forma de assegurar a sustentabilidade socioeconómica de todos os moçambicanos”, disse ele. Por isso, o PCA lançou um apelo aos jovens para “continuarem a se distanciarem e a condenarem veementemente os grupos radicais que se têm posicionado contra Moçambique e adiando o bem-estar dos moçambicanos”.