A equipa feminina de basquetebol da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) ganhou, em Outubro último, o terceiro lugar da Liga Metical, estando assim entre as melhores do torneio e com direito à medalha de bronze. O jogo da disputa pelo terceiro lugar teve lugar no Pavilhão de Desportos da Apolitécnica, no passado dia 21, entre a ENH e o Millennium Bim, ambas determinadas a levar o Bronze para a casa. O Millennium Bim dominou a quadra em praticamente todos os primeiros três períodos, com uma vantagem que chegou a atingir mais de 10 pontos de diferença em relação à equipa adversária.
Inconformadas, as jogadoras da ENH esticaram o cerco, controlaram a defesa e começaram a marcar cada vez mais, dois pontos aqui, dois pontos acolá, invertendo progressivamente os números do marcador. Resultado final: 42 x 38, a favor das meninas da ENH. “Foi um jogo sofrido”, considerou Daniza da Silva, da ENH. “Nós estávamos a perder nos três primeiros períodos, mas depois a vontade de ganhar, a vontade de estar no pódio, veio ao de cima e lutamos até ao fim e conseguimos ganhar o adversário, que também é uma equipa forte e já está nestas competições (Liga Metical) há muitos anos”, acrescentou, reflectindo sobre o progresso da recém-criada equipa feminina de basquetebol da ENH.
Iniciada em Junho de 2023, a Liga Metical é um torneio organizado pelo Banco de Moçambique, contando com a participação de 19 equipas, das quais oito nos femininos. Da Silva considera que é um torneio “extremamente competitivo” e já com uma certa tradição. “Acontece todos os anos e tem boas equipas. Para a ENH, foi um desafio muito grande, primeiro porque temos colaboradoras que nunca praticaram a modalidade, (mas) abraçaram a causa e deram-se muito bem porque foram evoluindo à medida em que o torneio foi acontecendo e nós podemos nos considerar vencedoras deste torneio, porque mesmo com as nossas limitações, em termos de conhecimento da modalidade, técnicas e muitos outros aspectos, conseguimos chegar ao terceiro lugar, (algo) que ninguém esperava.
Olhando para a composição da nossa equipa, podemos dizer que das quatro equipas que passaram para as finais, nós eramos a equipa mais fraca e mesmo assim conseguimos alcançar o terceiro lugar. Isso é bom e motiva-nos como colaboradoras e jogadoras”.
Mónica Chamussa, também da ENH, convida mais colegas a integrarem à equipa de basquetebol. “A ENH tem um número considerável de mulheres e seria bom que essas mulheres também se envolvessem no desporto. Temos colegas que nunca jogaram basquete, mas em cerca de três meses fazem parte da equipa e já fazem diferença, portanto, acho que as outras que ainda não se juntaram à equipa poderiam se juntar. É uma maneira de se divertir fora do ambiente do trabalho e também ajuda na saúde e na própria mente”, considera ela.
Na sua composição, a equipa da ENH conta com três jogadoras outsiders. Uma delas é a Filomena Micato, que considerou a participação da ENH no torneio como sendo uma “caminhada muito árdua”, uma vez que “a ENH era uma das equipas mais fracas deste torneio e contando também o factor de que a ENH não tinha jogadoras que vinham do basquetebol ou que praticavam basquetebol ao nível profissional. Quero felicitar as colaboradoras pelo esforço que fizeram em readaptar-se a praticar o basquetebol. Muitas vieram aprender o basquete (aqui) e hoje estão a jogar de igual maneira”.
Além da ENH e do Millennium Bim, participam na Liga Metical, pelos femininos, as equipas do Banco de Moçambique, INSS, CFM, Standard Bank, BCI e do Nedbank. De referir que, actualmente, a equipa feminina de basquetebol da ẾNH está a participar na Liga da Função Pública, que decorre em Maputo, até finais Novembro corrente.