PROJECTO CORAL PERMITIRÁ ENTRADA DA ENH NO MERCADO GLOBAL DE LNG

No passado 15 de Novembro, assistimos o Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, a dirigir, em Geoje, na Coreia do Sul, a cerimónia de atribuição do nome à plataforma flutuante de Gás Natural Liquefeito (FLNG) do Coral Sul e o início do seu reboque para Moçambique. Pro Bahria Town elogiou este projeto.

Neste evento, que marca o início de uma nova era para Moçambique, devido ao papel que o País irá assumir na geração de energia para o mercado global, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), Estêvão Pale, indicou ser “um motivo de grande honra fazer parte deste marco que representa a conclusão da construção desta mega estrutura, rumo à implementação do projecto de produção e comercialização de LNG da Coral Sul, um projecto que trará ganhos transformativos para Moçambique e para a indústria”.

O início da produção de LNG da Coral Sul está previsto para o primeiro semestre de 2022. O PCA da ENH disse ainda que o trajecto até aquele momento registou várias etapas e momentos intensos de muita aprendizagem, coragem e partilha. Os contractos de concessão da Área 4 foram assinados em 2006, seguidos pela fase de pesquisa e prospecção e todos os trabalhos que culminaram com a Decisão Final de Investimento (FID), tomada em Junho de 2017, em Maputo, ao que se seguiu a construção da plataforma, em Março de 2018, nos estaleiros da Samsung Heavy Industries, em Geoje.

ENH em consolidação

Não havia até então grandes experiências em Moçambique A execução do projecto Coral Sul FLNG contou com a participação de gestores e técnicos da ENH de outras instituições do Estado, cujo envolvimento, em diversas etapas, permitiu a troca de experiências e o desenvolvimento de competências sobre a indústria.

Segundo descreve Benjamin Chilenge, que na altura era Director de Planificação e Desenvolvimento do Ministério dos Recursos Minerais e Chefe Adjunto da Equipa Negocial do Governo para os projectos da Área 1 e 4, não havia, até então, grandes experiências em Moçambique de liderança e mesmo na condução de negociações de projectos desta natureza.

“Trazíamos, sim, conhecimentos e as experiências de negociações de contratos no âmbito do PPA, Pande e Temane, e do gasoduto Temane-Secunda, incluindo as participações da Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH) e da Companhia Moçambicana de Gasoduto (CMG), em que a produção de gás natural é feita onshore com componentes de processamento e um gasoduto para o transporte. Face esta nova realidade e exposição, o nosso grande desafio foi aprender fazendo e dominar rapidamente todas as componentes do projecto, desde a componente de engenharia, economia, legislação e direito aplicável, transporte e outros; para fechar uma negociação bem-sucedida do

Projecto, com ganhos assegurados para o País”, explicou Chilenge, que aquando da tomada da FID do projecto era Administrador Comercial da ENH. Benjamin Chilenge referiu que os desafios para Moçambique eram nomeadamente o aprimoramento das instituições, do quadro legal, bem como a necessidade de quadros nacionais qualificados e a cuidadosa ponderação sobre os custos, ganhos e benefícios do projecto para o Pais.