No segmento downstream, a ENH actua como agregador, competindo-lhe gerir a quota de petróleo e gás (25%) destinada ao desenvolvimento do mercado nacional e à industrialização do país e participando na venda de gás natural. Igualmente, detém redes de distribuição de gás natural canalizado no norte da província de Inhambane, assim como na cidade de Maputo e distrito de Marracuene.
A produção de gás natural em Moçambique iniciou em 1992, a partir de um dos furos do jazigo de Pande, designado Pande 7, com a extracção do gás, em pequena escala, para a geração de energia eléctrica, que, numa primeira fase, alimentava a Delegação da ENH em Vilankulo. Posteriormente, esse gás passou a beneficiar outros consumidores, primeiro, em Vilankulo, e, depois, em Inhassoro e Govuro, com a implementação do projecto da Rede de Distribuição de Gás Natural canalizado. Neste momento, a infra-estrutura fornece gás natural a mais de três mil consumidores de Vilankulo, Inhassoro e Govuro, entre residenciais, comerciais e industriais. A rede tem uma extensão de cerca de 670 quilómetros, incluindo ramais de cerca de 75 quilómetros no mar que levam gás natural para o Arquipélago do Bazaruto.
A rede de distribuição de gás de Maputo e Marracuene foi inaugurada em 2014, abastecendo gás natural a médios e grandes consumidores, como unidades industriais, estabelecimentos hoteleiros e comerciais, postos de abastecimento de gás natural veicular (GNV), entre outros tomadores da indústria transformadora e institucionais. O fornecimento de gás natural canalizado ao segmento de consumidores residenciais começou em 2018.