Encorajadas as mulheres da ENH a imporem-se no mundo digital, de forma a se fazerem valer na indústria e na vida social. O incentivo foi feito na primeira semana de Abril, numa palestra subordinada ao tema “A Inclusão Digital: Inovação e Tecnologia para promoção da igualdade de género”, que decorreu no âmbito das celebrações do dia 7 de Abril, Dia da Mulher Moçambicana, na sede da ENH.
Ao dar às mulheres o acesso às ferramentas digitais, elas podem obter um maior nível de empoderamento económico e social. A exclusão digital pode ser, por outro lado, uma barreira significativa para a igualdade do género, pois as mulheres são frequentemente deixadas para trás, em termos de acesso à tecnologia e ao conhecimento.
Para o palestrante, Delso Cossa, docente na Escola Superior de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), “a inclusão digital não é apenas um passo necessário para promover a igualdade do género, mas também pode ser uma ferramenta eficaz para reduzir a pobreza e promover o desenvolvimento económico. Ao fornecer às mulheres as ferramentas de acesso à informação e aos meios de comunicação, elas podem participar na economia digital e se beneficiar das oportunidades que ela oferece”.
Segundo Eunice Ali Chibaya, Analista Comercial afecta ao Pelouro Comercial e Novos Negócios, a ENH, diferencia-se de muitas empresas a nível nacional, uma vez que está na vanguarda da inclusão das mulheres na indústria de Petróleo e Gás. “Se formos a ver em diferentes sectores da empresa, há um aumento considerável de mulheres actuando em posições técnicas que anteriormente era na sua maioria ocupadas por homens como: geólogas, engenheiras de tecnologia de informação, engenheiras civis, HSE, entre outras áreas de colaboração, um dos exemplos mais claros o PCNN mais de 43% dos colaboradores são mulheres”. Chibaya acrescentou que, além dessa inclusão em vários sectores, “outra coisa boa na ENH é há inclusão na gestão da empresa onde encontramos mulheres em posição de chefia”, conclui.
Nesta senda, Albertina Meigos, Secretária-Executiva do PCA, diz que a inclusão digital é essencial para alcançar a igualdade do género e promover o empoderamento económico e social das mulheres. “Iniciativas do género podem tornar as mulheres agentes de mudança e ajudar a impulsionar o avanço da tecnologia digital na empresa e na sociedade”.
Sabe-se que Moçambique é um país que tem testemunhado marcos assinaláveis de inclusão do género a nível social, político e económico nas últimas décadas. No entanto, o seu progresso não foi uniforme em todos os sectores e muitas mulheres ainda estão sendo excluídas da arena digital, apesar de uma política governamental favorável à igualdade de género.
A ENH, no entanto, está a fazer a sua quota-parte para minimizar esta discrepância, apostando na inclusão das mulheres na arena digital. A título de exemplo, a Direcção de Sistemas de Informática (DSI), conta actualmente com duas (2) mulheres, num espaço de 2 anos, o que representa uma progressão, visto que em 2020 não havia nenhuma mulher nesta unidade.
No Pelouro de Pesquisa e Produção, uma área técnica e mundialmente considerada masculina, mas também que requer um alto conhecimento tecnológico, conta actualmente com nove (9) mulheres, mais três (3) comparativamente ao ano passado. Estas estatísticas são um sinal inequívoco de inclusão das mulheres, o que revela que a empresa está a dar passos importantes para a igualdade de género.