ENH REITERA USO DE GÁS NATURAL COMO ENERGIA DE TRANSIÇÃO

A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) reitera que o gás natural continuará a desempenhar um papel estratégico para a industrialização do País, no contexto global de descarbonização referente ao alcance de emissões zero de carbono e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

A posição foi defendida pelo Director de Operações do Pelouro de Engenharia e Desenvolvimento de Projectos (PEDP) da ENH, Nelson Cossa, durante o seminário sobre “A Transição Energética e o Roteiro para o Net Zero para Moçambique”, evento organizado pela Câmara de Energia de Moçambique (CEM), realizado na semana finda em Maputo.

“A ENH, como braço comercial do Estado moçambicano, tem o compromisso de contribuir para a industrialização do país, de tal forma, que actualmente a empresa está envolvida em projectos de transformação de gás em energia eléctrica, fornecendo cerca de 452 megawatts, o que permite que aproximadamente 44% da população moçambicana tenha acesso à eletricidade”, disse Cossa.

O presidente da Câmara de Energia de Moçambique, Florival Mucave, por sua vez, reiterou que o uso dos recursos nacionais é para responder aos desafios sociais e económicos do País, indicando que “Não podemos sequer contemplar a paragem da exploração do nosso gás natural, que vai contribuir consideravelmente para a redução da pobreza, porque temos outros desafios do clima”.

Ainda sobre o processo de descarbonização, que implica, a médio prazo, a transição para energias renováveis, Mucave defendeu uma transição energética equilibrada, que incorpora fontes renováveis, como a solar e hídrica, para reduzir (progressivamente) a dependência em relação aos combustíveis fósseis. 

O seminário debateu de forma mais aprofundada sobre as considerações a levar se a cabo para a obtenção do equilíbrio entre a necessidade de crescimento económico e as pressões globais, em direção à descarbonização zero.

O evento que teve lugar na Embaixada dos Países Baixos, atraiu a participação de empresas do sector de energia, como a EDM, FUNAE e Organizações da Sociedade Civil e Agências das Nações Unidas.