
A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos
(ENH) promoveu na quinta-feira (3/4) uma campanha de doação de sangue que se
destina a salvar vidas no Hospital Central de Maputo (HCM), no âmbito das actividades
da empresa alusivas às celebrações do Mês da Mulher.
A adesão foi considerável e não só
contou com a participação dos colaboradores da ENH e das empresas afiliadas,
como também de outras entidades próximas à sede da ENH, assim como de pessoas
que passavam pelo local à hora em que actividade decorria.
Entre os colaboradores da ENH, ouvimos
o sentimento de Ivo Pene, que em tempos já foi dador regular. “Estou muito
feliz e orgulhoso, e a ENH está de parabéns pela iniciativa, que acho que é boa
e deve continuar. Apelo aos colegas para participarem neste gesto que considero
de caridade, até porque, além de salvar vidas, doar sangue faz bem à saúde do
próprio dador”, expressou-se.
Jakline Munguambe também não ficou
alheia à iniciativa e diz que aderiu porque tem consciência de que há muita
gente nos hospitais que precisa do líquido vital. “Esta é a terceira ou quarta
vez que doo sangue, e faço-o sempre em iniciativas destas. Doar sangue é doar
uma parte de mim e a minha boa energia a quem precisa”.
Lúcia Rachide, colaboradora do Gabinete
de Implementação do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa, mesmo não sendo
da ENH, aderiu à iniciativa e explica a motivação: “Doo sangue porque é um
gesto nobre. Salvar uma vida é algo que não tem preço”, declarou, revelando que
tem vindo a fazê-lo desde o ensino secundário, mas agora, por dificuldades
ligadas à gestão de tempo, não tem sido regular.
Eugénio Belengueze, colaborador da ENH,
explicou que a campanha foi realizada neste mês especial dedicado à mulher com
o objectivo de conscientizar que doar sangue é fortalecer o sistema de saúde.
“Esperamos que faça toda a diferença
não só para a mulher, mas para todos os pacientes que dependem deste gesto
simples, mas com muito impacto”, manifestou-se Belengueze, acrescentando que
esta foi também uma forma de promover solidariedade e incentivar o espírito de
cidadania.
Nilza Mutimucuio, do Banco de Sangue do
HCM, diz que a campanha teve lugar num momento oportuno, indicando que tem
havido défice do líquido vital para responder às solicitações de pacientes com
anemia e ou para situações de cirurgias.
“O número de dadores diminuiu bastante.
Mesmo em brigadas móveis, não temos conseguido colher muito sangue.
Actualmente, as pessoas só vão doar sangue para familiares internados, por isso
o Banco de Sangue não tem conseguido responder às solicitações dos vários
sectores”, observou.
Assim, Mutimucuio elogiou a iniciativa
da ENH e apelou a outras entidades para seguirem exemplo. “Não há nenhuma
fábrica de sangue, sendo que este apenas é tirado de uma pessoa para outra”,
lembrou.
As celebrações do Mês da Mulher em
Moçambique tiveram o momento mais alto no dia 7 de Abril, consagrado como o Dia
da Mulher Moçambicana, em honra à heroína nacional Josina Machel, figura
incontornável na luta pela Independência Nacional e pelos direitos da mulher.
Ainda nesta semana, a ENH realizará outras actividades comemorativas que
servirão também para reflexão sobre a contribuição da mulher para o
desenvolvimento do país, no geral, e na indústria de petróleo e gás, em
particular.