ENH PROCURA TRANSFORMAR EM MOÇAMBIQUE GÁS EM FERTILIZANTES E PETROQUÍMICOS

 O Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), Estêvão Pale, disse que a empresa está empenhada em procurar alternativas para transformar em Moçambique o gás natural extraído no País em produtos petroquímicos, fertilizantes e outras aplicações que possam adicionar valor aos recursos nacionais.

“A ENH está actualmente envolvida num estudo que visa analisar a viabilidade de rentabilizar o gás, considerando produtos petroquímicos, fertilizantes e outras aplicações relevantes”, defendeu o PCA, falando durante a Africa Energy Week (AEW), que teve lugar no Centro de Convenções Internacionais da Cidade do Cabo 1 (CTICC 1), em Outubro último.

“A intenção é potenciar as imensas reservas de gás em Moçambique para responder as actuais necessidades energéticas no país e a nível regional”, sublinhou, falando para uma audiência diversificada de pessoas que participaram no evento.

De referir que a Lei de Petróleos, a Lei nº 21/2014, preconiza que parte dos hidrocarbonetos extraídos em Moçambique deve ser usada no país, por forma a promover a industrialização.

O Plano Director de Gás Natural estabelece as prioridades para a utilização do gás natural dedicado ao mercado doméstico, destacando-se as áreas de geração de energia, produção de fertilizantes, combustíveis líquidos e produtos petroquímicos. Na sua intervenção, Pale sublinhou ainda a necessidade de a ENH adoptar uma abordagem equilibrada para o desenvolvimento de infra-estruturas, citando como exemplos os projectos de Gasoduto Norte-Sul, numa perspectiva de longo prazo, com a participação do sector público e privado, e o Gás Natural Liquefeito (GNL) de pequena escala, numa perspectiva de curto e médio prazos. Para o PCA, estas iniciativas são estratégicas para conectar a oferta e a procura de produtos energéticos no mercado regional.

A AEW decorreu de 16 a 20 de Outubro e constituiu uma oportunidade crucial para a ENH interagir com líderes do continente africano da área de energia bem como com investidores e executivos do sector público e privado. Por conseguinte, a empresa esteve representada por uma delegação composta por membros do Conselho de Administração, outros gestores e técnicos, como também exibiu, no seu espaço na feira, informações minuciosas sobre o potencial nacional, na cadeia de valor dos hidrocarbonetos, desde a pesquisa e produção até a distribuição de gás canalizado, entre outros aspectos relevantes da indústria.