A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) regista um desempenho global positivo, com o resultado de crescimento em mais de 400 por cento em 2022, em relação ao ano fiscal anterior.
O facto foi anunciado durante a reunião da Assembleia-Geral, realizada na semana passada, em Maputo, com a participação do Conselho de Administração (CA), o accionista IGEPE (Instituto de Gestão das Participações do Estado), o Conselho Fiscal e o ministério de tutela, MIREME (Ministério dos Recursos Minerais e Energia).
Dados apresentados na ocasião indicam que os resultados líquidos da empresa aumentaram de 153.1 milhões de meticais negativos em 2021 para cerca de 462 milhões de meticais em 2022, representando um crescimento de acima de 400 por cento.
Falando sobre esse desempenho, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da ENH, Estêvão Pale, explicou que tal se deveu ao aprimoramento da estratégia de negócios, com foco na contenção de custos e na venda de gás natural proveniente dos blocos de Pande e Temane, que se encontrava ocioso.
“No ano passado, nós tínhamos gás ocioso que não estava a ser comercializado. A venda desse gás natural possibilitou que não só as contas da ENH fossem melhoradas,
mas também contribuiu para um impacto positivo nas contas do Estado. Paralelamente, continuamos a buscar fontes alternativas de rendimento”, disse o PCA.
Fahim Mahomed, Administrador do Pelouro de Administração e Finanças da ENH, disse que o fecho positivo também resultou da definição de prioridades e da estabilização de uma base sólida para a empresa, incluindo a aprovação de um plano e orçamento bem estruturado, que permitiram uma racionalização eficiente das operações.
Falando em representação do accionista, o Administrador Executivo do IGEPE para a Área de Controlo de Empresas, Raimundo Matule, considerou que os resultados financeiros globais da ENH “foram extremamente positivos”, por a empresa ter conseguido “gerar mais de 400 milhões de meticais em resultados líquidos, revertendo prejuízos de exercícios anteriores”. “O outro aspecto positivo foi o parecer do Conselho Fiscal e o da Comissão de Investimentos e Compliance, entidades independentes da ENH que, além dos seus pareceres, apresentaram seus próprios relatórios de actividades e que reconhecem que a ENH teve um desempenho positivo”, acrescentou.
Por seu turno, Tomás Dimande, o Presidente do Conselho Fiscal, apontou o impacto positivo das medidas de contenção de custos, adoptadas pelo Conselho de Administração, “sem interferência na produção”.
O Presidente do Conselho Fiscal disse ainda que, a esses factores, se agrega “o rigor dos colaboradores e deste CA, sobretudo nos aspectos previamente programados, a sua consideração na execução das actividades, com uma observância rigorosa naquilo que foi inicialmente aprovado no plano de actividades”.