A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) deverá deter 40 por cento de acções participativas no bloco A6-C de pesquisa e produção, a ser adjudicado no âmbito do 6º Concurso para o licenciamento de novos blocos de pesquisa e produção de hidrocarbonetos, lançado em 2021, pelo Governo.
Designado A6-C, o bloco em causa terá como operador a Eni, com 60 por cento de acções, e a ENH, com 40 por cento. A sua materialização constituirá um grande marco na história da empresa, uma vez que a ENH sempre teve participações minoritárias, que variam de 10 a 25 por cento, nas diversas concessões.
Durante a Africa Energy Week (AEW), que decorreu na Cidade do Cabo, África do Sul, em Outubro último, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da ENH, Estêvão Pale, destacou que “pela primeira vez, a ENH deterá 40% das acções de um dos blocos, o que é uma grande conquista para a empresa e para o país”.
O 6° Concurso atribuiu um total de seis blocos para a pesquisa e produção de hidrocarbonetos e, além do A6-C, os outros blocos são A6-D, A6-E e A6-G, também em Angoche; e A6 -A, A6-B, em Save. Nesses outros blocos, as participações da ENH variam de 20 a 30 por cento e todos deverão ser operados pela companhia chinesa CNOOC (China National Offshore Oil Corporation) Hong Kong Holding Ltd.
No seu discurso durante a AEW, o PCA disse que decorrem negociações para fechar os contratos de concessão, no âmbito deste Concurso, com o Governo, de modo a dar início as actividades de pesquisa. “Os programas de exploração propostos para o primeiro subperíodo do Período de Exploração preveem a abertura de um mínimo de quatro poços em águas profundas, e outros estudos geocientíficos”, disse Pale.
A AEW é um evento anual da Câmara Africana de Energia, que reúne líderes africanos do sector, investidores globais e executivos do sector público e privado durante quatro dias de intenso diálogo sobre o futuro da indústria energética de África. Criada em 2021, esta é uma conferência interactiva, composta por uma exposição, sessões de trabalho e eventos de networking, cuja visão é acabar com a pobreza energética em África até 2030.