DESCOBERTA NO BONITO EVIDENCIA POTENCIAL ADICIONAL

A descoberta de gás natural no furo Bonito, no Bloco PT5-C, em Inhassoro, província de Inhambane, é uma evidência de existência de um potencial de hidrocarbonetos acima do que já era conhecido sobre as bacias sedimentares do País.

O facto foi anunciado pelo Administrador do Pelouro de Pesquisa e Produção (PPP), Rudêncio Morais, falando na 10ª Edição de Conferência e Exposição de Moçambique sobre Energia e Mineração (MMEC) de Moçambique, que decorreu em Maputo, nos dias 2 e 3 de Maio.

“A descoberta feita na Área PT5-C, que está num prospecto separado dos que serão brevemente perfurados, abre-nos uma visão clara de que ainda há muito por descobrir, uma vez que o pensamento que nós tínhamos era apenas de Pande, Temane, Inhassoro e Buzi”, disse o administrador, falando no painel sobre “Perspectivas de Pesquisas Upstream: Posicionando o Sector de Pesquisa & Produção para o Crescimento”.

Para o Administrador, o facto de ter sido encontrado petróleo leve na parte mais a Este da Bacia Sedimentar de Moçambicana, permitiu que se desenvolvesse um pensamento que a prospectividade na Bacia tinha como limite a Oeste os campos de Pande e Temane, “o que foi em parte desmentido com a descoberta de gás condensado no furo Bonito – 1”.

Morais acrescentou ainda que “alargamos o conhecimento geológico nacional e comprovado qua há, eventualmente, mais gás na parte Oeste da Bacia Sedimentar de Moçambique por descobrir, juntando-se ao potencial da parte sul do bloco de Buzi (Divinhe) e outros blocos arredores dos campos de Pande e Temane, assim como os blocos em Offshore nas Áreas de Angoche e Save”.

O furo Bonito-1 localiza-se na Bacia Sedimentar de Moçambique, Área Onshore, na Área PT5-C, operado pela Sasol, com a participação da ENH (30%) a descoberta de gás no mesmo furo foi feita no Reservatório Grudja – 9, tendo sido confirmada através de dados de diagrafias eléctricas (Electric Wireline logs), e amostras de fluidos (MDT – Magnetic Modular Dynamic Test) colhidas no reservatório em 2023.

Na sua apresentação, Morais referiu ainda que o impulso da indústria de petróleo e gás de Moçambique destaca o papel do País como um player importante no mercado energético global. “Com descobertas promissoras e investimentos contínuos em tecnologia e infra-estruturas de processando e transporte de gás, Moçambique poderá capitalizar o seu vasto potencial geológico e impulsionar o seu desenvolvimento económico”, referiu.

Esta posição do Administrador da ENH foi partilhada no mesmo painel onde participaram José Branquinho, Administrador do Instituto Nacional de Petróleo; Victor Okoronkwo, Diretor-Geral do Grupo Aiteo – Operador do Bloco de a Mazenga, Massimo Antonelli, Diretor de Pesquisa na Eni Moçambique; e Sebastiam Nahan, Geólogo de Reservatório da TotalEnergies.