APROVADO PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO CORAL NORTE FLNG

O Governo aprovou esta terça-feira (8/4), durante a 11.ª sessão do Conselho de Ministros, o Plano de Desenvolvimento do Projecto Coral Norte FLNG. Esta é uma etapa crucial para a implantação desta que será a segunda plataforma offshore para a exploração do gás natural liquefeito (GNL) na Área 4 da Bacia do Rovuma.

Segundo o porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, o empreendimento consiste numa infra-estrutura flutuante de liquefacção de gás natural com capacidade de 3.55 milhões de toneladas por ano (MTPA) e seis poços de produção, avaliados em cerca de 7.2 mil milhões de dólares norte-americanos.

O Coral Norte FLNG é uma réplica do Coral Sul FLNG, que está em produção desde Novembro de 2022 e atingiu um marco histórico, há dias, ao concluir o 100º carregamento de GNL.

A nova plataforma vai produzir, durante 25 anos, gás do depósito Coral Eoceno 441, sendo que o início está previsto para o segundo trimestre de 2028.

O plano de desenvolvimento aprovado prevê que, ao longo dos anos de operação, o Governo arrecade 23 mil milhões de dólares norte-americanos em receitas, impostos e outras contribuições. Prevê-se ainda a disponibilização de gás natural ao mercado doméstico e de condensado produzido para o desenvolvimento de projectos de industrialização do país, a ser monetizado pela Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), bem como a contratação de trabalhadores locais e a execução de um plano de sucessão para aumentar a qualificação da mão-de-obra moçambicana no sector.

Este projecto é operado pela Eni, em nome da Rovuma Mozambique Venture (MRV), um consórcio com 70 por cento de interesse participativo e de que também fazem parte a ExxonMobil e a China National Petroleum Corporation (CNPC), enquanto a ENH, a KOGAS e Abu Dhabi National Oil Company (ADNOC) têm 10 por cento cada.